Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas aponta que 80% dos jovens desejam empreender nos próximos 10 anos. O desejo de criar a própria empresa nos jovens é maior do que ter experiência em grandes companhias, morar no exterior ou investir na formação acadêmica, diz o estudo.
Apesar de o momento econômico ser propício para a abertura de novos negócios – sete de cada dez empreendedores acreditam que o momento é bom, contra quatro há 12 anos –, algumas precauções são importantes e podem até determinar se o negócio vai prosperar ou não. Os sócios fundadores do escritório LCDiniz & Advogados Associados que tem mais de 20 anos de atuação em direito empresarial, Marcelo e Marcos Diniz, elencaram cuidados fundamentais a serem considerados ao se abrir uma empresa. Confira:
1. Falta de informação sobre a carga tributária
Entender a Carga Tributária no Brasil não é tarefa fácil e o maior problema para o empreendedor é não saber quanto será necessário gastar para apurar os impostos e administrá-los; não considerar esse custo causará uma administração ineficiente, especialmente a longo prazo.
2. Sonho da lucratividade aquém do real
Consequentemente, ao não considerar a verdadeira Carga Tributária da atividade, a lucratividade do empreendedor ficará abaixo do esperado.
3. Multas, juros e processos
A falta de conhecimento sobre a Carga Tributária pode levar a um terceiro cenário: a falta do pagamento de tributos em dia, o que acarreta juros, multas, encargos e processos.
4. Contrato Social
Ao se criar a empresa, o ideal é criar um contrato social que, de fato, atenda à realidade do negócio – ou seja, que não seja padronizado, mas que seja desenvolvido para conter regras claras sobre a Remuneração dos sócios, a divisão de lucros, a determinação dos papéis a serem desempenhados, regras para a dissolução da sociedade, entre outros tópicos. “Sempre que necessário, o contrato social pode ser atualizado; ele oferece segurança aos empresários”, lembra Marcos Diniz.
5. Acordo de cotistas
Um dos erros mais comuns dos empresários é a falta de governança do negócio. Muitos usam Bens da empresa com fins pessoais – o que pode gerar um desequilíbrio para a saúde do negócio ou colocar o outro sócio que não faça uso desses Bens em desvantagem. O ideal é criar um acordo entre os cotistas para determinar regras para situações específicas do negócio. “Outro erro muito comum é o empresário misturar contas pessoais com as da empresa”, afirma Marcelo Diniz. “Há empreendedores que pagam contas pessoais com o caixa da empresa; além de afetar a saúde financeira do negócio, essa situação pode ser entendida como fraude pela Receita Federal”, alerta o advogado.
Fonte: Economídia