Começou nesta segunda-feira a segunda edição do Feirão Limpa Nome Online, organizado pela Serasa Experian. Até o dia 17 de abril, endividados poderão acessar o serviço e renegociar pendências com cerca de 80 empresas — na primeira edição, em outubro do ano passado, a campanha reuniu apenas 30 marcas, atraindo cerca de 500 mil endividados, segundo Balanço da Serasa. O serviço permanece gratuito.
Para participar, é preciso entrar no site do Serasa e preencher o cadastro no sistema, que encaminhará o consumidor para uma página com a relação das empresas que fazem parte da campanha. A lista inclui lojas como Casas Bahia, Ponto Frio e Americanas, além de bancos como Bradesco, Itaú e Santander.
Uma vez escolhida a empresa com a qual quer negociar, o usuário então terá acesso às dívidas pendentes que estiverem na na base da Serasa. Nesta página, também será possível entrar em contato diretamente com os credores, por chat, e-mail ou telefone. Segundo a Serasa, em alguns casos, é possível até mesmo que o boleto já esteja disponível, a partir de uma proposta feita pela própria empresa.
Assim como o primeira campanha do tipo, realizada a poucos meses do Natal, a data da segunda edição também foi escolhida com base em outra data comemorativa em que os níveis de Inadimplência costumam aumentar: o dia das mães. A proximidade de uma nova temporada de compras e a pressão de dívidas de início do ano, como impostos e material escolar, são alguns riscos apontados pela Serasa.
A campanha é uma extensão de um serviço que a entidade mantém 24 horas por dia. Segundo a Serasa, o Limpa Nome Online conta com a participação de cerca de 90 empresas e recebe 200 mil acessos por mês. A Serasa diz ainda que o índice de sucesso das negociações chega a 80%.
Como negociar diretamente com credores
Além da iniciativa da Serasa, outras plataformas permitem que endividados acertem suas contas sem sair de casa. A Boa Vista, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), mantém permanentemente o site Acertando suas Contas. Bancos como o Bradesco e o Itaú também contam com canais pelos quais é possível negociar as dívidas diretamente com as instituições.
Evitar intermediários é uma das dicas de associações de defesa do consumidor, como o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e a Proteste. As entidades recomendam buscar o contato presencial e evitar negociações ambiciosas — com parcelas que não poderão ser cumpridas ao longo dos meses. O ideal é equilibrar os prazos maiores com os juros, que aumentam conforme o número de parcelas acordadas. Também é importante cumprir as condições, já que a quebra do contrato pode fazer com que a empresa resolva protestar a dívida na Justiça.
Fonte: O Globo