v. 7 n. 1 (2022): Revista Paraense de Contabilidade - RPC

Paz e bem a todos os leitores da Revista Paraense de Contabilidade! É com muita satisfação que lançamos mais uma edição, repleta de assuntos interessantes e instigantes, enviados por autores de todo o Brasil.

O primeiro artigo desta Edição, de autoria de Ernane Rocha da Luz, Josaias Santana dos Santos, João Eudes de Souza Calado e Jéssica Ramos Gomes objetivou analisar a evidenciação do ativo ambiental dos estados brasileiros a partir das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público e do art. 94 da Lei 4.320/64, que estabelece a obrigatoriedade do registro analítico de todos os bens permanentes. Os autores avaliaram os índices de transparência através do método de Biderman e Puttomatti e constataram que o estado de Tocantins apresentou o melhor índice de transparência na evidenciação dos ativos ambientais, mas que em todos os estados analisados há volatilidade nas informações e uma deficiência na evidenciação dos ativos ambientais, com a maioria dos estados tendo os ativos do imobilizado como os itens mais demonstrados e a depreciação segregada por item sendo pouco evidenciada.

O segundo artigo desta Edição, dos autores Francisco Batista Sobrinho Neto, Annandy Raquel Pereira da Silva, Geison Calyo Varela de Melo e Kallianna Karina Medeiros de Azevedo Navarro aborda a importância das micro e pequenas empresas no Brasil e objetivou analisar a percepção de micro e pequenos empresários do Rio Grande do Norte quanto aos instrumentos da contabilidade gerencial. A pesquisa descritiva, quantitativa e por meio de um levantamento foi realizada com 20 empresários. Os resultados mostram que metade das empresas fazem uso da análise da relação do custo/volume/lucro e ponto de equilíbrio, a grande maioria utiliza da contabilidade e/ou contador.

O terceiro artigo desta Edição, de autoria de Samuel de Oliveira Durso e Luana Karoline Soares Santos Sousa aborda as especificidades da atuação docente na área de Contabilidade e tem como objetivo levantar os saberes docentes considerados importantes para a atuação dos professores na área. Os autores realizaram uma revisão sistemática da literatura. Os resultados indicam que os primeiros estudos sobre a temática datam de 2002 e já apontavam para a baixa formação didático-pedagógica dos docentes atuantes em cursos de Ciências Contábeis.

O quarto artigo desta Edição, dos autores Tito Lívio de Souza Moura, Alexsandro Gonçalves da Silva Prado e Maria Auxiliadora de Oliveira Morais aborda a importância da governança corporativa para mitigar conflitos de agência nas empresas e aumentar o seu valor de mercado. O estudo objetivou analisar o impacto da inserção no Novo Mercado de Governança Corporativa da B3 na rentabilidade das empresas do setor de construção civil. Para isso, foram observados os índices de rentabilidade, como retorno do ativo (ROA), retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) e retorno sobre o investimento (ROI). Os resultados indicam que após a adesão, as empresas apresentam maiores índices de retorno.

O quinto artigo desta Edição, de autoria de Diego Lima da Silva e Rodolfo Rocha dos Santos analisou a influência dos vieses cognitivos na tomada de decisão de alunos de graduação em ciências contábeis, administração e economia de instituições de ensino superior públicas e privadas. A amostra utilizada foi composta por 140 respondentes que responderam a dois questionários que verificaram a ocorrência dos vieses cognitivos do efeito certeza e reflexo, efeito framing, custos afundados e contabilidade mental. Os resultados mostraram que a maioria dos indivíduos apresentou aversão ao risco nas situações que envolvem ganho e propensão ao risco nas situações de perdas.

O sexto artigo desta Edição, dos autores Antônio Renato Bezerra Noronha, Josué Moraes Pereira Junior e Diana Cruz Rodrigues analisa as contribuições e limites do crédito como ferramenta na política monetária do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE) para o fortalecimento e desenvolvimento das micro e pequenas empresas. A pesquisa é qualitativa e descritiva, utilizando um questionário semiestruturado. Os resultados sugerem que a política pública PRONAMPE é capaz de garantir a perpetuidade e desenvolvimento das empresas que obtêm acesso ao crédito, graças aos benefícios e burocracias relacionados ao crédito disponibilizado pela política monetária pesquisada.

O sétimo artigo desta Edição, de Maria Elza da Silveira Barros Galliza de Lima e Beatriz da Silva Pereira analisa a evolução do nível de atendimento às normas contábeis nos 184 municípios de Pernambuco a partir de três levantamentos bienais elaborados pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, utilizando o índice denominado ICCPE. Os resultados mostram uma crescente melhoria nas notas de convergência nos três levantamentos, com redução de 71% para os municípios enquadrados nos níveis Crítico ou Insuficiente e crescimento de mais de 22% dos municípios enquadrados no nível aceitável.

O oitavo artigo desta Edição, de autoria de Alexsandro Toaldo, Octavio Ribeiro de Mendonça Neto, José Carlos Tiomatsu Oyadomari e Marcos Reinaldo Severino Peters investigou as mudanças ocorridas nos pronunciamentos do US-GAAP relacionados a combinações de negócios e imposto de renda diferido ao longo do tempo. O estudo de caso foi conduzido por meio da observação direta da equipe de controladoria local envolvida no processo de combinação de negócios. Os resultados nos casos de (a) combinação de negócios e (b) imposto de renda diferido, conclui-se, respectivamente: (a) para US-GAAP é utilizado o método de aquisição contábil e (b) demonstra que tanto SFAS 109 quanto ASC 740, continua a orientar, de forma genérica e inadequada, o procedimento de reconhecimento contábil relativo ao imposto de renda diferido em caso específico de combinação de negócios.

O nono artigo desta Edição, de Isabela de Araújo Bernardo dos Santos, Chiara Raiol Paula e Anailson Marcio Gomes analisou a qualidade da informação contábil durante a pandemia da COVID-19, com foco no nível de hierarquia da mensuração a valor justo, das empresas do setor aéreo entre 2019 e 2020. Os resultados indicaram que, surpreendentemente, não houve aumento da mensuração a valor justo no nível 3 da hierarquia durante a pandemia da COVID-19.

O décimo e último artigo desta Edição, dos autores Alan de Jesus Marinho Carvalho, Dinaldo do Nascimento Araújo, Tiago Magela Miranda de Araújo e Wesley de Souza Crisóstomo aborda a importância da gestão de estoques para empresas comerciais varejistas, e busca responder se um indicador de rotatividade de estoque pode ajudar a melhorar a gestão de estoque de um supermercado varejista. A pesquisa foi baseada em ferramentas utilizadas pela administração de materiais, como a classificação ABC, ciclo PDCA e a metodologia 5S. Após dois meses de implementação das sugestões da pesquisa e com base no indicador de rotatividade, foi possível obter uma nova curva ABC e melhorias na gestão do estoque, como a planilha de cronograma de pedidos, organização e limpeza.

Dessa forma, desejamos mais uma vez excelente leitura a todos. E que Deus esteja sempre conosco.

Atenciosamente,

Prof. Dra. Márcia Athayde

Universidade Federal do Pará

Editora-chefe da Revista Paraense de Contabilidade

Publicado: 2023-04-23

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